USP Cria Agente de Contraste Seguro!

  • Categoria do post:USP
  • Post publicado:9 de março de 2025
Nanotecnologia da USP cria agente de contraste mais seguro para exames de imagem
Agente de contraste inovador elimina riscos para pacientes com problemas renais

Cientistas brasileiros dão um passo à frente na área de diagnóstico por imagem. Uma equipe multidisciplinar da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um novo agente de contraste usando nanotecnologia.

O composto promete ser mais eficiente e seguro que os atuais, especialmente para pacientes com problemas renais.

 

A inovação por trás da descoberta

O novo agente de contraste é feito de nanopartículas de dióxido de titânio cobertas por óxido de ferro. Essa combinação oferece vantagens significativas sobre os agentes convencionais à base de gadolínio.

Os testes mostraram que o novo composto:

  • É mais compatível com o corpo humano
  • Sai do organismo pela urina
  • Proporciona imagens mais nítidas por mais tempo
  • Benefícios para os pacientes

 

O professor Koiti Araki, que coordena o Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia, explicou:

A mudança de protocolos envolve práticas já bastante consolidadas e quantidades expressivas de investimentos.

 

Isso sugere que a nova tecnologia pode ser adotada sem grandes alterações nos procedimentos atuais, facilitando sua implementação.

Um ponto crucial é a segurança para pacientes com problemas renais. Os agentes tradicionais podem ser tóxicos para os rins, especialmente em casos de insuficiência renal grave. O novo composto parece não apresentar esse risco.

 

Vantagens técnicas

O agente desenvolvido pela USP fica no sangue por mais tempo. Na verdade, seu tempo médio de circulação é duas vezes maior que o do gadolínio.

Isso pode ser muito útil em exames que precisam mostrar os vasos sanguíneos por períodos mais longos.

 

Nanotecnologia: um futuro promissor para a medicina

A nanotecnologia não se limita apenas aos agentes de contraste. Ela está transformando diversas áreas da medicina, desde o desenvolvimento de medicamentos até a criação de equipamentos médicos avançados.

  • Um exemplo notável é a entrega direcionada de fármacos, especialmente no tratamento do câncer, onde as nanopartículas podem atacar células doentes de forma mais precisa.

 

Outro avanço significativo é a tecnologia teranóstica, que combina diagnóstico e tratamento em uma única abordagem. Essa inovação está abrindo caminho para uma medicina mais personalizada e eficaz.

 

No cenário brasileiro, iniciativas como a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), estão impulsionando o desenvolvimento nessa área.

Parcerias entre instituições de pesquisa e hospitais de ponta, como a colaboração entre o Einstein e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), estão explorando o uso de nanotecnologia em vetores virais para terapia gênica, ampliando ainda mais as possibilidades de tratamentos inovadores.

Essa descoberta pode mudar a forma como fazemos exames de imagem, tornando-os mais seguros e eficazes. É um exemplo do poder da pesquisa brasileira em criar soluções inovadoras para problemas médicos globais.

 

Portal Universidade

Fabio Herdy, bacharel em Comunicação pela UCAM, com 23 anos de experiência em empresa jornalística, especializado em Webwriting, tem ampla experiência em produção de reportagens escritas, audiovisuais e produção de conteúdo para redes sociais. Conheça mais em Quem Somos.

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